REMODELAÇÃO DE CASA DE CAMPO, PAREDES DE COURA

Autor: Luis Peixoto

Datas do Projecto: 2011- 2012

Datas da Construção: 2012-2013

Morada : Roriz. Paredes de Coura

Lat: 41.90115 Long: -8.59206

Localidade: Paredes de Coura

Cliente: Dr. João Almeida

Colaboradores: Susana Isabel Jorge Baptista Monteiro

Especialidades :Eng. José Luis Clara

Constructor: Construções Clara lda

Fotografia: Arménio Teixeira

Área de Construção: 150m2

Área do Terreno: 3.400m2

Custo Estimado de Obra:150 000.00€

Casa em Paredes de Coura,

Uma casa de campo com dois séculos, abandonada pelos herdeiros que construíram casas novas nas imediações. Esta pequena construção com um piso para abrigo de animais e outro, superior, para habitação, foi agora adquirida cum a função de casa de férias.

Sendo uma segunda habitação, foi pedido para utilizar as técnicas antigas de construção em pedra e madeira, típicas da região.

O processo de desenho deu-se inicio com a prospecção de técnicas, materiais e artesãos.

O segundo passo foi evidenciar as várias idades da casa, fazendo uma obra de continuidade no tempo. Os novos usos assimilam os espaços existentes.

O índice de conforto torna-se relativo, por limitações construtivas da casa e de modo a manter a sua imagem de paredes em pedra pelo interior. O isolamento térmico é colocado onde é possível.

Os tectos do piso 1 foram recuperados, os do piso 0 são novos, bem como o piso em madeira, construído á semelhança das construções da época.

A construção do alpendre é nova, a que existia era em blocos de betão. Optamos pela tipologia das casas de sequeiro da região, daqui resultam as portadas dos caixilhos superiores que se assemelham a um espigueiro.

Durante a obra os desenhos rigorosos iam se tornando continuamente obsoletos, pelo que neste caso quase tudo foi desenhado em esquiço á mão num bloco A4, em diálogo com o construtor e cliente do qual resultaram cadernos com o projecto de execução.

Por fora mantivemos a cor da pedra e sua textura, fazendo intervenções cirúrgicas nas juntas da pedra. Os caixilhos foram substituídos pelos de tipologia original.

No interior, e por falta de luz natural, devido aos vãos em vidro reduzidos, optamos por utilizar a cal tradicional, como já existia na obra, e com a cor branca procuramos a luz e alguma serenidade, em contraste com a rudeza da paisagem que a envolve.

No finalizar do processo de desenho e obra, que decorreram ao mesmo tempo, sentimos a necessidade de ter um elemento novo, quase escultórico, que corte com a densidade das pedras de granito. Como tínhamos muita dificuldade em colocar uma escada interior, que não existia, por falta de espaço, decidimos fazê-la nova, com imagem, material e técnica construtiva diferente. Assim surgiu a forma de um torço metálico em peça única.

A escada, personifica a intervenção na continuidade da história da casa e como dizem num ditado popular:

“-Quem conta um conto, acrescenta um ponto.”

Luis Peixoto


REMODELAÇÃO DE CASA DE CAMPO, PAREDES DE COURA

Autor: Luis Peixoto

Datas do Projecto: 2011- 2012

Datas da Construção: 2012-2013

Morada : Roriz. Paredes de Coura

Lat: 41.90115 Long: -8.59206

Localidade: Paredes de Coura

Cliente: Dr. João Almeida

Colaboradores: Susana Isabel Jorge Baptista Monteiro

Especialidades :Eng. José Luis Clara

Constructor: Construções Clara lda

Fotografia: Arménio Teixeira

Área de Construção: 150m2

Área do Terreno: 3.400m2

Custo Estimado de Obra:150 000.00€

Casa em Paredes de Coura,

Uma casa de campo com dois séculos, abandonada pelos herdeiros que construíram casas novas nas imediações. Esta pequena construção com um piso para abrigo de animais e outro, superior, para habitação, foi agora adquirida cum a função de casa de férias.

Sendo uma segunda habitação, foi pedido para utilizar as técnicas antigas de construção em pedra e madeira, típicas da região.

O processo de desenho deu-se inicio com a prospecção de técnicas, materiais e artesãos.

O segundo passo foi evidenciar as várias idades da casa, fazendo uma obra de continuidade no tempo. Os novos usos assimilam os espaços existentes.

O índice de conforto torna-se relativo, por limitações construtivas da casa e de modo a manter a sua imagem de paredes em pedra pelo interior. O isolamento térmico é colocado onde é possível.

Os tectos do piso 1 foram recuperados, os do piso 0 são novos, bem como o piso em madeira, construído á semelhança das construções da época.

A construção do alpendre é nova, a que existia era em blocos de betão. Optamos pela tipologia das casas de sequeiro da região, daqui resultam as portadas dos caixilhos superiores que se assemelham a um espigueiro.

Durante a obra os desenhos rigorosos iam se tornando continuamente obsoletos, pelo que neste caso quase tudo foi desenhado em esquiço á mão num bloco A4, em diálogo com o construtor e cliente do qual resultaram cadernos com o projecto de execução.

Por fora mantivemos a cor da pedra e sua textura, fazendo intervenções cirúrgicas nas juntas da pedra. Os caixilhos foram substituídos pelos de tipologia original.

No interior, e por falta de luz natural, devido aos vãos em vidro reduzidos, optamos por utilizar a cal tradicional, como já existia na obra, e com a cor branca procuramos a luz e alguma serenidade, em contraste com a rudeza da paisagem que a envolve.

No finalizar do processo de desenho e obra, que decorreram ao mesmo tempo, sentimos a necessidade de ter um elemento novo, quase escultórico, que corte com a densidade das pedras de granito. Como tínhamos muita dificuldade em colocar uma escada interior, que não existia, por falta de espaço, decidimos fazê-la nova, com imagem, material e técnica construtiva diferente. Assim surgiu a forma de um torço metálico em peça única.

A escada, personifica a intervenção na continuidade da história da casa e como dizem num ditado popular:

“-Quem conta um conto, acrescenta um ponto.”

Luis Peixoto